domingo, 24 de junho de 2012

Viva o São João! Viva os bailaricos! Viva a sardinha! Viva os balões e os mangericos!




Isto agora de ter 2 pequeninos põe-nos um travão nas noites de farra! Já não fazemos as noitadas de outros tempos, em que a festa só começava a aquecer de madrugada. Depois de um bom jantar com caldo verde, broa e sardinha, vinha o espetáculo do fogo a que se seguia um passeio até à Ribeira para dar uns passos de dança no baile de Miragaia, e noutros bailaricos tão perto e mais escondidinhos, sem tanta confusão! Ah, e por vezes ainda havia energia para mais um passeio até à foz, para um pequeno-almoço com vistas sobre o mar!

Agora, os tempos são outros, mas a vontade de festa ainda é a mesma. Assim, as noitadas deram lugar a um São João mais tranquilo e "pacífico", sem ressacas e com boa disposição para acordar bem mais cedo! E com muita diversão como manda a tradição, do dia 23 para o dia 24! Lá fomos todos para a festa, mas com novo programa e horários! Às 19 apanhamos o metro, e foi aí que começou logo a festa, porque os nossos catraios foi a primeira vez que andaram de metro, logo uma aventura que foi recebida a muito gosto. Viajamos muito apertadinhos, no meio de um mar de gente, mas como ainda há boas pessoas, uma senhora arranjou-me um lugarzinho para me poder agarrar, com o Dinis ao colo. Chegamos à estação da Trindade e fomos a caminhar com eles até aos Aliados. Como a Avenida ainda não estava cheia de gente fomos lá para o meio e deixamos andar os rapazes à vontade, mas sempre a vigiar e a segurar quando necessário porque eles ainda não têm nocão do perigo. Depois, a música do palco invadiu os Aliados e os pequenos começaram logo a dançar! É demais vê-los a dar os seus passinhos de dança. Têm a música no corpo e não são não pé de gesso! Divertem-se mesmo a  dançar e não fazem cerimónias! Também não houve faltas de marteladas e o Dinis foi quem levou mais! As pessoas davam devagarinho enquanto lhe sorriam, e ele com cara séria ficava a tentar compreender e a absorver tudo o que se estava a passar. Queria um martelo também, mas os pais só lhes vão dar para o ano. O Hugo também levou umas suaves marteladas, mas continuou a dançar como se aquilo fosse o habitual. E não faltaram balões no céu!

Depois por volta das 21:30 já estavam a começar a ficar cansaditos e a abrir a boca com sono. São horas de regressar minha gente. Desta vez com o metro bem mais vazio, e já com direito a lugares sentados. Os pimpolhos foram a espreitar pela janela, enquantos os segurávamos.

Chegamos a casa, jantaram e ainda foram um pouquinho para a sala ouvir músicas populares que a RTP 1 estava a transmitir diretamente da noite do São João. Voltaram a dançar e desta vez o Dinis também segurou no porquinho e na vaquinha nas mãos com os braços estendidos para poderem dançar com ele. Claro, que logo a seguir todos os bonecos foram parar à pista de dança! E a música no Top é a dos santos populares! Adoram ouvi-la e estãos sempre a pedir: "outa bez" :-)

Entretanto depois de adormecerem, fomos nós petiscar umas belas de umas sardinhas, com uma rica salada de pimentos e tomate, acompanhadas por uma rica cervejola! Adoro o cheiro a sardinha que invade o Porto nestes dias! É bestial e muitoooo apetitoso!!

Hoje à tarde a festa continua no Palácio de Cristal com música, e também com pavões pelo meio! O Dinis vai adorar porque já ontem estava a falar dos "pabões" e das "alinas=galinhas". E o Hugo vai passar pelos pavões como se nada fosse, mas encantado por poder andar à sua vontade!
Viva o São João!!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Doi-me o corpo. Doi-me a alma.



Ontem senti-me muito adoentada, e hoje de manhã também, mas à hora do almoço as dores na garganta já tinham passado. Infelizmente, as amigdalites têm sido uma constante na minha vida. Oxalá os meus pequeninos não herdem este mal da mãe, que isto é uma chatice. E ainda por cima agora, não me calha mesmo nada bem porque tenho estes meninos para cuidar e tanta coisa para fazer em casa... O que me valeu foi o pai. Ontem como Portugal jogou fiquei de olho neles para o pai poder ver a  bola, que eu sei que adora, mas hoje de manhã o pai tratou de tudo, enquanto fiquei a descansar na cama. Mudou as fraldas, vestiu-os, deu-lhes o pequeno-almoço e saiu com eles. Durante tudo isto, deitada na cama só os ouvia a falar (é incrível como repetem tudo o que ouvem e como querem dizer tudo e mais alguma coisa, como se estivessem sempre a conquistar novas coisas e novos significados). Fico tão orgulhosa destes dois!! Eles devem ter achado que eu não estava em casa e que tinha ido trabalhar, mas não meus queridos. Eu estava lá, só que ao mesmo tempo não estava. Passo a explicar. Ontem quando estava com eles, não me senti eu, nem parecia eu e senti que me olhavam como se eu estivesse estranha, porque de facto estava  e eu tentava explicar-lhes "a mamã tem dói dói na garganta". Andava tipo a arrastar-me sem a energia habitual que naturalmente dois filhos exigem. Parecia meia adormecida, meia anestesiada só com vontade de dormir. E depois pensei "preferia que os meus filhos não me vissem assim, porque sinto que nestas alturas não estou tão disponível para eles como deveria". Por isso, hoje foi melhor eu ficar a descansar para recuperar, sem eles me verem porque senão iam querer saltar para cima da cama ou que eu andasse com eles para todo o lado. Além de que não lhes posso dar beijos como adoro e tenho de ter mil cuidados para não os contagiar, o que por vezes é muito difícil. Por isso, meus filhos quando a mãe parecer um bicho não se assustem. São apenas momentos maus que com uns comprimidos e xaropes e um bom descanso hão-de passar. E não tarda nada terão a mãe de sempre, pronta a alinhar nas brincadeiras e a encher-vos de beijos!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Há dias de sol mas também dias cinzentos, carregadinhos de nuvens!



Sim, é verdade. Há dias em que só queremos chegar à cama e desligar! Isto de criar e educar filhos tem muito que se lhe diga, e bem sabemos que não são sempre rosas. Tentamos ser os melhores pais do mundo, mas há dias em que nos sentimos mais impacientes e arrasados, porque ou não estamos nos nossos dias (somos humanos não é?), ou porque eles não param de asneirar o dia todo.

Mas que se há-de fazer? Nós também somos capazes de enfrentar mais um novo dia que chega amanhã com o mesmo sorriso de quem os ama incondicionalmente. Somos mais que máquinas, somos de carne e osso e recarregamos surpreendentemente as nossas baterias porque os amamos com todas as nossas forças! E assim vamos estando prontos para mais um dia, e mais um e mais um e mais outro e outro! E um dia os nossos bebés passam a crianças, e depois a adolescentes e depois a adultos! E nós continuamos lá,  sempre junto com eles. Nuns dias com mais sol e luz, noutros dias com mais nuvens e trovoada. Mas independentemente disso, o que interessa é que estamos lá, de corpo e alma, sempre prontos para amar, para rir e por vezes também para chorar. A vida é isto mesmo. Mas é assim que vamos crescendo e nos fortalecendo e sabemos que cada dia novo que vem nos ensinará sempre a fazer melhor. E no fim, fica sempre o melhor de tudo: o Amor.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

E tudo aqui tão perto, mesmo à mão de semear!




Costumamos ir passear com os pequeninos para a beira mar, lá para os lados da Foz ou de Matosinhos, mas ultimamente temos ido para os jardins do Palácio de Cristal. É verdade que também temos a Quinta do Covelo com o fantástico parque infantil, mas para ser sincera prefiro mil vezes o Palácio de Cristal. Os jardins são lindos, e a vista que circunda e espreita o Rio Douro sem preguiças e cerimónias, convida-nos a a sentir que tudo parece perfeito. Não são precisas palavras, está tudo lá.

O Hugo e o Dinis adoram as aves que lá passeiam como se tudo fosse delas, e que é mesmo. Não é raro ver os pavões a mostrarem orgulhosos as suas caudas lindíssimas. As galinhas e os patos também andam por lá. Também nos cruzamos com imensos turistas que às vezes parecem tirar mais partido daquilo que de melhor temos, do que nós  próprios. E não fazem cerimónias, desfrutam mesmo: deitam-se na relva, espraiam-se, descansam, fazem lá piqueniques, etc.. E é maravilhoso ver como as crianças adoram tudo aquilo, a natureza mesmo aos seus pés. Correr, mexer na relva, deitarem-se por lá. O problema é o Dinis que não larga os pavões, mas tentamos explicar-lhe que só os pode ver e não tocar-lhes porque eles não gostam. Ele tenta aceitar o que dizemos, mas o coração bate, bate e ele quer é mesmo ir atrás da aventura! O Hugo é mais de ver os animais tranquilo. Não gosta de muitas confianças e também que não o chateiem. Assim anda por lá na sua, sem invadir o espaço dos outros e sem gostar que invadam o seu. De vez em quando pergunta pelo irmão que continua sem dar tréguas aos animais, e claro está, aos pais também!

Um jardim lindo de portas abertas para quem o quer visitar. Ah... e da próxima vez não me vou esquecer da máquina fotográfica. Imperdoável!

sábado, 9 de junho de 2012

Olhem para o que eu digo! Olhem para o que eu faço!



Sim, sem dúvido isso seria o ideal. Às vezes dou por mim a pensar que não é fácil dizer a uma criança para não fazer algo quando nós próprios o fazemos. Qual é a moral? Isso torna as coisas um pouco difíceis para nós porque elas assim podem sempre apresentar factos contra os nossos argumentos e pior do que tudo, não nos levarem a sério.

Há coisas que não é fácil deixar de fazer, mas penso que em alguns casos só ganharíamos com isso. Como pais somos a sua referência, o seu exemplo. Adoram observar-nos e aprender com as nossas palavras, gestos e atitudes, o que não é nada fácil para nós. Estamos muitas horas sob vigilância, mas um mundo que se apresenta novo e com tanto para explorar exige-lhes isso. E muitas vezes repetem o que fazemos, mesmo aquilo que fazemos pior e que não queremos que façam. É impossível sermos perfeitos, mas podemos tentar naquilo que consideramos ser mais importante dar-lhes o exemplo.

Fico contente por ter deixado de fumar, quando gostava tanto de o fazer. Hoje não sinto saudades. Pelo contrário, ganhei tanto com isso, em saúde e dinheiro, que valeu bem a pena e afinal não foi tão difícil quanto parecia. Acho que mais do que um vício físico, é um vício mental. Mas isto é apenas a minha opinião. Acho que uma das coisas que também mais ganhei com isso foi poder dizer um dia aos meus filhos: não fumem, isso dá-vos cabo da saúde. Claro que eles próprios farão as suas escolhas e eu não os vou poder obrigar a fazerem o que eu acho que é melhor. Mas vou poder dizê-lo à vontade e aos sete ventos, sem correr o risco de me dizerem: mas mãe tu fumas. 

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Quando é bem passado, o tempo não tem tempo!!!




Hoje é dia da criança e estava aqui a pensar com os meus botões em todo o marketing que se gera e multiplica nestes dias, decorado com campanhas e mais campanhas de promoções que oferecem  descontos que podem ir até aos 50% ou mais! É difícil os pais resistirem a tantos descontos e evitarem sentirem-se na obrigação de comprar mais uma prenda para os filhos.
Mas na realidade o que é que mais importa? Um brinquedo novo que até pode ser a Barbie, o Mickey, um jogo novo, uma pista de carrinhos, ou seja lá o que for que a tecnologia invente, ou um bocado mais de tempo passado com eles a fazer o que mais os diverte e o que mais gostam?
Os brinquedos não devem servir de recompensa, nem tão pouco de apaziguadores das nossas consciências. O que quero dizer é que não nos devemos sentir obrigados a comprar brinquedos ou seja lá o que for porque hoje é o dia da criança, nem a recompensá-los desta forma, nem a habituá-los a terem tudo e mais alguma coisa por dá aquela palha. Brinquedos a mais não me parecem uma boa pedagogia, acaba por não se dar valor ao que se tem e a achar que é muito fácil obter-se tudo o que se quer, e a vida ensina-nos que o nosso percurso não é assim, há altos e baixos, bons e maus momentos que só com determinação, força e uma noção conscienciosa da realidade podemos ultrapassar.
O mais importante nunca foi a quantidade mas sim a qualidade, que aqui também não é excepção!! Por isso deixemo-nos de redundâncias e passemos aos finalmente importantes: Vamos todos mas é brincar, e aproveitar para soltar a criança que também ainda há em todos nós!!