sábado, 9 de junho de 2012

Olhem para o que eu digo! Olhem para o que eu faço!



Sim, sem dúvido isso seria o ideal. Às vezes dou por mim a pensar que não é fácil dizer a uma criança para não fazer algo quando nós próprios o fazemos. Qual é a moral? Isso torna as coisas um pouco difíceis para nós porque elas assim podem sempre apresentar factos contra os nossos argumentos e pior do que tudo, não nos levarem a sério.

Há coisas que não é fácil deixar de fazer, mas penso que em alguns casos só ganharíamos com isso. Como pais somos a sua referência, o seu exemplo. Adoram observar-nos e aprender com as nossas palavras, gestos e atitudes, o que não é nada fácil para nós. Estamos muitas horas sob vigilância, mas um mundo que se apresenta novo e com tanto para explorar exige-lhes isso. E muitas vezes repetem o que fazemos, mesmo aquilo que fazemos pior e que não queremos que façam. É impossível sermos perfeitos, mas podemos tentar naquilo que consideramos ser mais importante dar-lhes o exemplo.

Fico contente por ter deixado de fumar, quando gostava tanto de o fazer. Hoje não sinto saudades. Pelo contrário, ganhei tanto com isso, em saúde e dinheiro, que valeu bem a pena e afinal não foi tão difícil quanto parecia. Acho que mais do que um vício físico, é um vício mental. Mas isto é apenas a minha opinião. Acho que uma das coisas que também mais ganhei com isso foi poder dizer um dia aos meus filhos: não fumem, isso dá-vos cabo da saúde. Claro que eles próprios farão as suas escolhas e eu não os vou poder obrigar a fazerem o que eu acho que é melhor. Mas vou poder dizê-lo à vontade e aos sete ventos, sem correr o risco de me dizerem: mas mãe tu fumas. 

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