segunda-feira, 18 de junho de 2012

Doi-me o corpo. Doi-me a alma.



Ontem senti-me muito adoentada, e hoje de manhã também, mas à hora do almoço as dores na garganta já tinham passado. Infelizmente, as amigdalites têm sido uma constante na minha vida. Oxalá os meus pequeninos não herdem este mal da mãe, que isto é uma chatice. E ainda por cima agora, não me calha mesmo nada bem porque tenho estes meninos para cuidar e tanta coisa para fazer em casa... O que me valeu foi o pai. Ontem como Portugal jogou fiquei de olho neles para o pai poder ver a  bola, que eu sei que adora, mas hoje de manhã o pai tratou de tudo, enquanto fiquei a descansar na cama. Mudou as fraldas, vestiu-os, deu-lhes o pequeno-almoço e saiu com eles. Durante tudo isto, deitada na cama só os ouvia a falar (é incrível como repetem tudo o que ouvem e como querem dizer tudo e mais alguma coisa, como se estivessem sempre a conquistar novas coisas e novos significados). Fico tão orgulhosa destes dois!! Eles devem ter achado que eu não estava em casa e que tinha ido trabalhar, mas não meus queridos. Eu estava lá, só que ao mesmo tempo não estava. Passo a explicar. Ontem quando estava com eles, não me senti eu, nem parecia eu e senti que me olhavam como se eu estivesse estranha, porque de facto estava  e eu tentava explicar-lhes "a mamã tem dói dói na garganta". Andava tipo a arrastar-me sem a energia habitual que naturalmente dois filhos exigem. Parecia meia adormecida, meia anestesiada só com vontade de dormir. E depois pensei "preferia que os meus filhos não me vissem assim, porque sinto que nestas alturas não estou tão disponível para eles como deveria". Por isso, hoje foi melhor eu ficar a descansar para recuperar, sem eles me verem porque senão iam querer saltar para cima da cama ou que eu andasse com eles para todo o lado. Além de que não lhes posso dar beijos como adoro e tenho de ter mil cuidados para não os contagiar, o que por vezes é muito difícil. Por isso, meus filhos quando a mãe parecer um bicho não se assustem. São apenas momentos maus que com uns comprimidos e xaropes e um bom descanso hão-de passar. E não tarda nada terão a mãe de sempre, pronta a alinhar nas brincadeiras e a encher-vos de beijos!

Sem comentários:

Enviar um comentário