sexta-feira, 18 de maio de 2012

1,2,3 uma colher de cada vez!



Às vezes coisas que parecem tão simples podem tornar-se grandes complicações para pais de bebés. Quem imagina que uma simples colher, pequenina e bonitinha se pode tornar numa verdadeira dor de cabeça, quando um bebé simplesmente não lhe quer abrir a boca? Passo a explicar melhor. Quando o Hugo e o Dinis deixaram de beber apenas o leite e lhe foram introduzidas as sopas, tiveram de deixar de ser alimentados apenas pela tetina em que só têm de fazer o movimento de sucção. O Dinis acolheu a colher com grande satisfação e nem dei que fosse para ele uma coisa nova. Fantástico! Agora vamos ao Hugo. Humm o Hugo não acolheu bem a colher, não gostou simplesmente e virou-lhe a cara. Ora, supostamente ele teria de passar às papas, mas como fazê-lo se ele nem queria ver a colher por perto? Não foi fácil, não. Muita paciência e resistência. Houve muitas vezes em que só comeu um bocadinho porque simplesmente a partir da 3ª ou 4ª colher decidia virar a cara à colher. Tentei dar-lhe a papan com o biberão e aí sim ele comia, até existem tetinas próprias para esse fim, mas isso apenas foi adiando a minha preocupação porque a sopa também ia ter de surgir um dia na ementa, assim como os restantes sólidos.
Acho que demorou mais do que 1 mês até que ele desistisse de travar as suas lutas com a colher e percebesse que afinal ela era amiguinha e lhe levava muitas coisas saborosas à boca. Mas tive de ter muita paciência e acreditar que cada dia seria melhor do que o outro, o que raramente acontecia, porque mais pareciam dias iguais. Mas depois com a insistência, houve um dia em que ele comeu mais umas boas colheradas do que o habitual, e outro dia em que isso se repetiu, até que já tinha a boca aberta para receber de bom grado a colher! Durante este tempo em que o tentava habituar à colher nunca o forcei a comer para que não associasse momentos de tensão à comida. Apenas nunca desistia de lhe apresentar a colher, fazia-o religiosamente todas as refeições, e quando a partir de certa altura ele a rejeitava, então recorria ao biberão para lhe dar o resto da papa. Depois, quando me comecei a aperceber que ele já comia mais umas colheradas do que o habitual retirei de cena o biberão.
Há coisas que às vezes nos custa mais a habituar, porque somos homens de hábitos, mas a mudança impera-se e para que aconteça tranquilamente sem grandes "convulsões" o melhor é nunca desistirmos do nosso intento, apesar do sofrimento que isso nos possa causar. Devemos manter-nos firmes e calmos. Um dia a nossa recompensa chegará.

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